terça-feira, 24 de agosto de 2010

Back to RIO







Já tô de volta no Rio de Janeiro. Depois dos cinco meses na França chegou a hora de chegar no Brasil, visitar a família e começar uma nova leva de trabalho. Segundo semestre de 2010 promete. Vou ter que agilizar o mestrado enquanto me acostumo em um novo trabalho no Sportv. Ainda não sei muito bem qual será esse novo trampo. Mas com certeza vai ser algo legal pra mim.


Essa foi em Marselha.
Pipas de kitesurf atrás
O tempo na Europa rendeu cara. Conheci bem a França. Viajei pra cidades legais, tipo Bordeaux, Lyon, Mônaco, Tignes. Fui pra Suíça, Holanda, Inglaterra. Peguei um “apelido” de pé-frio da copa, pelo meu saldo de países eliminados, rsrsr. Trabalhei muito. Me diverti muito também. Não tenho como resumir minha estadia fora do país. Voltei com a certeza de que só vou entender tudo o que aconteceu comigo no distanciamento que o tempo vai me dar.

Por agora tô no Rio. Até o fim de setembro minha vida tá definida aqui, na capital do Império, sede das Olimpíadas de 2016, casa do Flamengo. Todos os “passaporters” estão aqui. O Felipe Brisolla “mora” no msm prédio que eu. Mas de resto estamos um pouco distantes nas moradas. Só nas moradas, prq a cumplicidade criada através do programa ficou. E essa, meu amigo, tenho certeza que não se dilui fácil.

Redação do Sportv
Pelo menos um pouco dela
A cada semana tenho uma descoberta nova por aqui. Seja visitando setores legais da empresa, com gente muito bacana, seja lendo um pouco mais de Álvaro Vieira Pinto, o filósofo do momento na minha pesquisa bibliográfica rumo a dissertação. Engraçado falar no rumo da dissertação aqui a no blog. Ele começou justamente quando eu tava começando o mestrado e a maluquice na minha vida. Falava das mudanças pelas quais o mundo passa em apenas dois meses. Aprendi que em dois anos as coisas podem mudar muito mais.

Mudei de cidade. Mudei de país. Mudei de atitude. Mudei de comportamento. Acho que to fazendo disso aqui uma autoanálise. Preciso me concentrar em muitas coisas. E minha atenção está mais difusa do que nunca. A dedicação e a disciplina são duas coisas que eu preciso trabalhar constantemente. Mas como ter disciplina sem nem ter casa? Rsrsrs. É, desafio interno.

Felipe Santana e eu em Amsterdam
Final da Copa do Mundo 2010
A Copa do Mundo mexeu comigo. Não que agora eu tenha mudado minha relação com futebol, não é isso. E acho que vou fazer um post só pra falar do amor e ódio com o futebol. É algo que as pessoas que me conhecem a pouco tempo realmente não entendem. Mas meus amigos sabem do que falo. A Copa do Mundo foi o evento que fez a minha vida mudar mais uma vez. E é claro que depois de uma dessas você passa a ver o esporte de outra forma.

Estamos na eleição de novo. Eu tenho que postar algo sobre isso aqui também. Mas como esse é o meu primeiro post depois de meses de silêncio achei que devia uma coisa assim, mais eu msm. Vou falar pros amigos que reativei meu espaço. Tô de volta.

E você? Tá de volta? Conta algo novo. Comenta aê.

Ah! Videozinho de matéria recente - http://sportv.globo.com/videos/v/rio-de-janeiro-recebe-a-1-etapa-da-copa-sul-americana-de-iatismo/1319403

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Porquê Paris Chico?


Procuro Chico nos mais diversos lugares de Paris. Me falaram que ele tem um apartamento aqui. Quando é verão no Brasil ele vem se abrigar no frio francês. Acho a ideia esquisita, mas em se tratando de Chico, tá valendo.

Estou morando no Le Marais, um dos melhores locais de Paris. Bem Central, com fácil locomoção, bem habitado. Superdivertido, com vários bares. Daqui eu consigo visualizar vários lados da sociedade francesa. Mas nunca encontrei com o Chico aqui. Ele deve morar na Champs Elysèe.

Já começo a perceber algumas nuances da França, e especificamente de Paris. A capital é global demais. Vários idiomas são falados, gente do mundo todo vindo pra cá. Isso gera um movimento meio dialético de acolhimento e repulsa dos estrangeiros pelos locais. Daí todos os problemas políticos que a França tem com a naturalização dos estrangeiros. Eles datam da Revolução.

Depois de dois meses de estadia, já me sinto mais à vontade com o país, com o idioma (mesmo falando pouco) e principalmente com os franceses. Eles não são difíceis de lidar, mas alguns gostam de tornar sua vida complicada, especialmente porque você não é do país deles.

Não consigo compreender muito bem isso. Até porque venho de um país e de uma região onde o acolhimento do visitante é uma marca. A gente trata bem as pessoas porque a gente gosta de ser tratado bem. É reciprocidade. Alguns franceses não compreendem isso.

Outros, por outro lado são abertos pro mundo. Gostam de olhar as mudanças na sociedade. Percebem o mundo ao seu redor. Ontem eu estava numa livraria e ouvi “João e Maria”, do Chico, em francês. Não encontro com ele, mas ele me encontra.

Observando todas as contradições que existem por perto tenho muita vontade de perguntar: Porquê Paris Chico? Porquê luar? A resposta poderia me abrir caminhos.

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